As questões ambientais, sociais e de governança (ESG) dizem respeito aos governos, sociedade e à todas as empresas. No quesito ambiental almejam proteção dos ecossistemas, produção com baixa emissão de carbono, uso consciente da água e energia. No âmbito social, passam por respeito à privacidade e segurança de dados, ativismo do consumidor, aumento do risco de problemas trabalhistas e combate à escravidão moderna. E a governança lida com a ética nos negócios, combate a corrupção e a cultura corporativa.
Origens
ESG se originou como um termo da comunidade de investidores em busca de investimentos sustentáveis. Mas a sigla invadiu as expectativas do consumidor e a conduta das empresas. Está na maior consciência pública de onde as empresas conseguem matérias-primas, no impacto ambiental das indústrias, na transparência sobre relações de trabalho e capital humano.
Nos últimos anos, alguns dos maiores definidores de padrões, como o Comissão Nacional sobre Fraudes em Relatórios Financeiros (COSO) da Comissão Treadway, emitiram orientações para ajudar as empresas a implementar esforços ESG. A ISO 20400, a norma internacional que orienta compras sustentáveis, enfatiza a importância de se estabelecer um processo de Due Diligence, especialmente no âmbito dos direitos humanos, com o objetivo de evitar e mitigar riscos.
Como as organizações podem gerenciar ESG em suas cadeias de suprimentos?
Metas de eficiência implantadas para fornecedores terceirizados, como transportadoras, têm impacto na pegada ambiental e social de uma cadeia de suprimentos. Grandes varejistas determinam metas de eficiência de frota não negociáveis para as transportadoras de seus produtos.
É importante lembrar que auditorias de fornecedores, que analisam condições de trabalho e impacto ambiental, atendem às metas de ESG e também protegem as empresas contra riscos em suas cadeias de suprimentos.
Um primeiro passo é atingir metas internas de melhoria da eficiência e sustentabilidade. Assim, é possível mostrar valor para toda a cadeia de suprimentos.
Como as iniciativas ESG podem ser sustentáveis?
É fundamental olhar para todas as partes interessadas, ver quais os riscos para o negócio e monitorar as mudanças nas regulamentações em torno do meio ambiente e do trabalho. A Europa lidera o caminho com leis rigorosas de privacidade e segurança de dados. Outras normas ESG incluem o Acordo de Paris sobre as metas de Mudanças Climáticas e a Lei de Escravidão Moderna do Reino Unido, por exemplo. A capacidade de responder às mudanças nas preferências do consumidor, especialmente com o risco de publicidade negativa que prejudica a reputação, deve ser um componente-chave do programa de gerenciamento de risco de uma organização. Além disso, o gerenciamento geopolítico e de risco de terceiros em sua cadeia de suprimentos provou ser essencial diante da pandemia da covid-19 e da crise global.
Então, está claro que ESG veio para ficar! Não pode ser uma iniciativa de marketing, branding ou RH. O ESG deve ser conduzido pelos principais executivos da companhia e integrado aos planos estratégicos para que sua empresa construa um legado e chegue cada vez mais longe.
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