A sigla ESG está na mídia e em prospectos de investimento. Os investidores apostaram cerca de quatro vezes mais dinheiro em fundos de investimento ESG em 2020 do que em 2019. Investimentos de impacto ESG saltaram de US$ 502 bilhões em ativos sob gestão em 2019 para US$ 715 bilhões em 2020. Não resta dúvida que investimentos de impacto e ESG oferecem retornos financeiros atraentes e, ao mesmo tempo, ajudam a construir um mundo melhor.
ESG NA PRÁTICA
O investimento ESG é uma abordagem que incorpora fatores ambientais, sociais e de governança nas decisões ao longo do ciclo de vida. A Bain & Company faz uma distinção útil entre os fundos que são “mitigadores de risco” ESG e aqueles que são “buscadores de oportunidades” ESG.
1) Mitigadores de risco usam considerações ESG em uma extensão limitada para avaliar e gerenciar riscos potenciais durante a diligência e propriedade.
2) Buscadores de oportunidades procuram oportunidades de investimento que apoiem o progresso ambiental, social ou de governança.
As empresas que preveem futuro líquido zero estão fazendo uma transição proativa para uma pegada de baixo carbono e reduzindo seus custos de energia. Companhias que estão tornando seus locais de trabalho inclusivos e apoiando os funcionários estão desenvolvendo forças de trabalho produtivas no longo prazo. Aquelas com conselhos independentes e diversificados nas linhas raciais e de gênero tomarão melhores decisões de gestão de risco e alocarão capital com mais eficiência. Fazer a coisa certa pode ser lucrativo, tanto para empresas quanto para investidores.
O que diferencia o investimento de impacto?
Investimentos de impacto são feitos com a intenção de gerar impactos sociais e ambientais positivos e mensuráveis, juntamente com um retorno financeiro, de acordo com a definição da Global Impact Investing Network.
Com base nos Princípios Operacionais para Gestão de Impacto da IFC três critérios devem ser verdadeiros para o investidor para que um investimento tenha impacto genuíno:
1) O investidor pretende o impacto, articulando resultados específicos que serão buscados por meio do investimento e especificando quem se beneficiará desses resultados.
2) O investidor contribui para o impacto quando o investimento ajuda a atingir os resultados pretendidos.
3) A contribuição do investidor pode ser financeira, por meio de capital flexível, ou não financeira, como suporte de carteira.
É importante testar se um investimento irá, de fato, avançar por meio da análise de dados da empresa e pesquisas de ciências sociais disponíveis. O impacto deve atingir metas sociais e ambientais significativas, como os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da ONU. O impacto percebido deve ser parte integrante do modelo de negócios da empresa.
A relação entre impacto e modelo de negócios, o último critério, pode assumir várias formas. Os principais produtos e serviços de uma empresa podem ter impacto, ou a empresa pode ter encontrado uma maneira de produzir bens e entregar serviços que seja econômica e melhor para o mundo. O ponto é que a integração assegura que o impacto permanecerá central para a estratégia da empresa a longo prazo.
Tanto o investimento ESG quanto o investimento de impacto têm papéis essenciais para atingirmos os ODS da ONU e para construirmos um mundo mais justo para todos.
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