Nesse artigo vamos falar sobre os desdobramentos da promoção do comércio e a agenda sustentável da UE no Brasil. Clique aqui e entenda!
As tendências recentes da economia mundial bem como o aumento da inserção do Brasil no mercado internacional têm aumentado a pressão sobre as empresas brasileiras e o governo para participarem de negociações internacionais que unam comércio e meio ambiente (incluindo mudanças climáticas) e questões sociais.
A proliferação de medidas unilaterais por governos de países desenvolvidos e exigências impostas por consumidores e importadores, relacionados a normas sociais e/ou ambientais, impõem cada vez mais custos de adaptação às empresas brasileiras.
Nos últimos anos, a ligação entre comércio e desenvolvimento sustentável tornou-se relevante para os setores agroindustriais. A expansão do agronegócio brasileiro bem como o desmatamento da Amazônia – fenômeno responsável por cerca de dois terços das emissões de carbono no Brasil – transformam diversos setores agroindustriais do país em alvos privilegiados de iniciativas públicas e privadas.
Desse modo, essas iniciativas buscam definir as normas aplicáveis aos produtos e métodos de produção em toda a cadeia de valor. A agenda de desenvolvimento sustentável ganhou densidade política, mas também institucional no Brasil.
Os países membros das Nações Unidas, incluindo o Brasil, têm novos desafios a cumprir até 2030. Como parte dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), esses países se comprometeram a cumprir 169 metas. Isto é, por meio de ações integradas entre ministérios, órgãos públicos bem como órgãos.
Os ODS 2016-2030 sucedem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (os ODM, estabelecidos para o período 2000-2015). Devido ao seu protagonismo internacional no cumprimento das metas da ODM, o Brasil, portanto, conseguiu um lugar no Grupo de Alto Nível da ONU. Esse grupo monitora a implementação mundial da Agenda 2030.
A iniciativa marca o compromisso do governo com as metas internacionais. Além disso, é uma agenda de longo prazo que trata de temas que são absolutamente fundamentais para a população brasileira: pobreza, saneamento, mortalidade infantil.
Em 2015, os países membros da ONU assumiram o compromisso de implementar uma agenda universal bem como integrada, intitulada “Transformando nosso mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”.
O governo brasileiro foi incumbido do papel de orientar ações coordenadas, mas também integradas para implementar a agenda em nível nacional.
É uma agenda global de desenvolvimento sustentável que reúne cerca de 200 países da ONU. Diversas ações estão em andamento no Brasil, incluindo ações de integração e apelos à governança.
Ao mesmo tempo em que o Brasil possui uma apertada agenda sustentável até 2030, os países do Mercosul e da União Europeia prometem uma das maiores áreas de livre comércio do planeta a partir de um acordo anunciado em Bruxelas.
Classificado como o maior tratado de livre comércio do mundo, o acordo foi fechado em junho de 2019, após 20 anos de discussões. Atualmente, o texto está em processo de revisão jurídica e tradução. Em seguida, será encaminhado para ser ratificado pelos 32 países envolvidos.
Juntos, os dois blocos representam cerca de 25% da economia mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas. Quando se considera o número de países envolvidos e a extensão territorial, o acordo só perde para o Tratado Continental Africano de Livre Comércio, que envolve 44 países da África.
O acordo de livre comércio eliminará as tarifas de importação para mais de 90% dos produtos comercializados entre os dois blocos. Para os produtos que não terão as tarifas eliminadas, serão aplicadas cotas preferenciais de importação com tarifas reduzidas. O processo de eliminação de tarifas varia de acordo com cada produto e deve levar até 15 anos contados a partir da entrada em vigor da parceria intercontinental.
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o acordo reduz, por exemplo, de 17% para zero as tarifas de importação de produtos brasileiros como calçados e aumenta a competitividade de bens industriais em setores como têxtil, químicos, autopeças, madeireiro e aeronáutico.
Um estudo da confederação aponta que, dos 1.101 produtos que o Brasil tem condições de exportar para a União Europeia, 68% enfrentam tarifas de importação.
Com a abertura do mercado europeu para produtos agropecuários brasileiros, que são altamente competitivos, é preciso aplicar mais investimentos na própria indústria nacional. Já que dados mostram que o agronegócio consome R$ 300 milhões em bens industrializados no Brasil para cada R$ 1 bilhão exportado.
Apesar de todos os benefícios esperados com a abertura do comércio, as negociações no Brasil estão ainda em uma situação de “standy-by’”, o que deve se manter até que o governo brasileiro se comprometa a adotar políticas públicas para controlar o desmatamento na Amazônia.
Isso só demonstra o entrelaçamento cada vez mais próximo entre as questões ambientais, mas também sustentáveis relacionadas ao comércio. Desse modo, para conseguir colher os frutos deste acordo internacional de livre-comércio, o Brasil terá de honrar a sua agenda ambiental, se adequando aos requisitos de ambos os acordos.
Nesse sentido, a certificação do Sustainable Business tem como principal meta o desenvolvimento sustentável mundial. Acreditamos na transferência de informação para que a cadeia se engaje no tema além de cumprimento dos requisitos.
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